quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Carneragem...Ou Todos Iguais, Todos Iguais




Basta de pressão normalizante!
Hoje em dia, qualquer voz que seja dissonante do rebanho em que a nossa sociedade se tornou ou que, por outro lado, contrarie a "voz do dono", é automaticamente carimbada como "alarmista", "enganadora" ou pior, "terrorista"...

Aqui, bonito, é abanar com a cabeça que sim e emitir balidos, ou afirmações de espessura qualitativa equivalente.

É querer desculpar os piores crimes com a ideia da obra feita (a propósito, Estaline e Hitler também tinham obra feita. Merecem desculpa, portanto?).

É, parafraseando o Gato Fedorento, falar, falar, falar, mas não dizer nada que se aproveite.

É louvar e colocar em pedestais a mediocridade de quem nem um balde de merda merece.

É, enfim, oprimir e segregar quem é diferente da cáfila, só por ter a suprema lata de pensar e falar de forma diferente.

Ser carneiro, custe o que custar e doa o que doer, é o projecto que a colectiva mole portuguesa tem para nós. Ser carneiro é que é admirável. Não fazer ondas nem contestar a idiotice estabelecida é que é. Converter os "outros", os que pensam de outra forma, não por ser melhor ou pior, mas por ser diferente, é o caminho certo a seguir. Não querer a mudança, porque assim como está é que é bom, nem que isso implique estar no fundo de um poço com 1500 metros de profundidade. Criticar quem pensa de modo diferente porque "não vale a pena mudar".

Esta sim, foi a verdadeira obra que Salazar deixou para as gerações futuras.
Como dizia Horácio, "Aurea Mediocritas"...Aurea Mediania...

1 comentário:

Anónimo disse...

parabéns pelo post, Eurico.
o luso fado não é estigma, é mesmo pecha salazarenta que se colou à pele e custa a sair... até porque os portadores da moléstia gostam, ó se gostam...